sábado, 2 de junho de 2012



NOVAS TECNOLOGIAS SÃO OS BRINQUEDOS PREFERIDOS DAS CRIANÇAS

 
Os brinquedos dominam a atenção das crianças que preferem cada vez mais as novas
 tecnologias, mas cabe aos pais a moderação no uso destes brinquedos porque em 
excesso são prejudiciais para a esfera familiar, escreve a Lusa. 
As crianças têm acesso a brinquedos tecnológicos cada vez mais cedo, até porque também são incentivadas ou estimuladas à utilização desse tipo de brinquedos, como explicou à Lusa a socióloga Sílvia Saramago, referindo-se à publicidade que se faz à volta da promoção de determinados produtos infantis. 
«As crianças são muito expostas à publicidade e o desenvolvimento tecnológico está também nesse mundo e é inevitável que a evolução dos brinquedos tenha esse curso», disse Sílvia Saramago. 
Para esta socióloga, as crianças «têm vindo a tornar-se numa fatia de mercado cada vez mais apetecível pelas grandes empresas e pelas grandes corporações ligadas à indústria dos brinquedos e é fundamental referir que esta tendência está em consonância com um movimento de "empoderamento" que tem vindo a ser fomentado relativamente ao grupo da infância». 

Crianças com mais poder
 
Cada vez mais o poder que as crianças têm sobre o seu contexto familiar é maior e tudo indica que a influência sobre as tendências de consumo dos seus agregados familiares continue a crescer. 
Junto de uma das maiores lojas de brinquedos foi possível perceber que as preferências das crianças se viram cada vez mais para as novas tecnologias em detrimento dos brinquedos tradicionais e que essa é uma tendência acompanhada pela vontade constante dos pais em satisfazerem os desejos dos filhos. 
«A tendência dos últimos anos é que as crianças preferem os brinquedos mais tecnológicos, principalmente as consolas e os videojogos (...) que acabam por ser os brinquedos mais comprados porque os pais, como é lógico, tentam satisfazer sempre os pedidos dos filhos», revelou o gerente da loja Toys`r Us do Centro Comercial Colombo, em Lisboa. 
Entre os pais, é notório que tudo fazem por conseguir satisfazer as vontades dos filhos, mesmo quando não gostam ou não aprovam as prendas que os filhos lhes pedem. 
Para Susana Simões, mãe de uma criança com seis anos e outra com 10, «o Natal é sempre a altura em que é suposto receberem aquilo que andam a pedir a toda a hora», como o jogo e a playstation que os filhos lhe pediram e a que Susana acedeu, mesmo não sendo «muito fã». 
Mãe não é adepta 
«Quando se fala de jogos playstation, por exemplo, não sou muito fã, não sou muito adepta e está controlado o tempo para esse tipo de jogos lá em casa, mas concordo que a certos níveis, por exemplo, lhes desenvolve a capacidade de reacção, os reflexos, concordo porque já experimentei e vejo como é difícil muitas vezes», justificou. 
Nuno Melo, por seu lado, entende que o contacto com as novas tecnologias deve ser feito «quanto mais cedo melhor». 
«Hoje em dia vivemos uma realidade completamente diferente e em que as tecnologias estão sempre presentes e quanto mais cedo eles aprenderem a contactar com elas tanto melhor para o futuro deles. Acho saudável, obviamente desde que supervisionado o conteúdo dos jogos», garantiu Nuno Melo, pai de dois filhos, com 8 e 9 anos.

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